Da cassete ao toque de finados

Algures lá pelo meio há-de haver uma boa desculpa para isto.

Não há festa como esta

Vai daí, a CDU não foi à última Assembleia Municipal, mas esteve presente no público, por via de alguém que poderia ter estado no lugar que é da CDU entre os membros daquele órgão, mas que não ocupou esse lugar porque "foi considerado melhor ter sido assim" e "porque não havia votações em que fosse necessário tomar posição".
Ficamos pois a saber que uma revisão orçamental de quase dois milhões de euros é questão de pouca importância. Isto para não falar de outros assuntos que lá foram abordados, como por exemplo a preocupação de muitos pais relativamente à localização do novo Centro Escolar "Ourém Nascente".
Dizer que não havia votações em que fosse necessário tomar posição é passar um atestado de menoridade à referida Assembleia. Dizer que não havia votações em que fosse necessário tomar posição mas ter estado presente no público, quando podia ter ocupado o lugar para que foi eleita (a menos que tenha sido eleita por acaso), é contraditório e complicado de perceber.

E porque a harmonia social nunca é demais...

vão-se citando umas "notícias" de jornal, que mais parecem reproduções de comunicados. Do ponto de vista jornalístico, seria até melhor chamar-lhes "comunicados", porque pelo menos assim seria menos visível a ignorância de quem as escreveu.

Comer e calar

É o regime que alguns gostavam de ver por cá, porque falar do que está mal incomoda. Parece que agora só nos podemos pronunciar nas próximas eleições. Até lá, é comer e calar, que essa conversa da liberdade de expressão é só para inglês ver.

Caçadores de gabinete

Como se costuma dizer, quem não tem cão caça com gato. Quem não tem cão nem gato caça com propaganda.

Afundanço

Esta é uma palavra fácil. Gesto corrente no basquetebol, ainda que só ao alcance de alguns jogadores. Também usado noutro tipo de jogos, em que a estatura e/ou o poder de elevação parecem ter deixado de ser requisito. O objectivo é tirar das primeiras páginas o que de inconveniente se diz ou escreve sobre determinadas coisas. Certamente em nome de uma qualquer harmonia social.

Palavras difíceis

Quando andava na escola primária, um dos trabalho de casa costumava ser procurar o significado e formar frases com palavras difíceis dadas pela senhora professora na aula. Era um exercício divertido e útil. No entanto, não andámos todos na mesma escola nem estudámos todos pela mesma cartilha. E a verdade é que há palavras mais difíceis de entender do que outras e ainda mais complicadas de conjugar na mesma frase. Por exemplo, "ética" e "política". Complicadas, mas não impossíveis.

Universidade de Verão precisa-se

A falta de habilidade política da actual maioria é tanta que nem à pazada se consegue apanhar.

O império contra-ataca!

A propaganda manifesta-se nas mais diversas formas e feitios. Também nos blogues. Também por cá. Há quem ainda não percebeu que a propaganda excessiva costuma resultar no efeito contrário ao desejado.

Claridade

É preciso enxotar as moscas que fazem sombra e não deixam ver a realidade como ela é. É preciso dizer a verdade custe o que custar. Quem nos engana nosso amigo não é. Há muito coiro para chamuscar com o maçarico da verdade. Mas a chama do maçarico também dá luz e alumia para ver melhor. Vamos desintoxicar o que outros querem intoxicar. Vamos pôr tudo às claras. A verdade vai ser nua e crua como a cenoura que até cega.

Em português

propaganda (Lat. propaganda), s. f. propagação de princípios ou teorias; associação que tem por fim espalhar certas doutrinas ou conhecimentos; divulgação.

in Dicionário Universal Língua Portuguesa, 6.ª edição, Lisboa, Texto Editora, 2000

P.S. Há também quem lhe chame intoxicação da opinião pública.